terça-feira, 6 de outubro de 2009

A Problemática Masculina


Por Amanda Oliveira

O mundo questiona o temperamento feminino, colocando em dúvida a credibilidade do sexo em função da inconstância de comportamento, afirmando que cada momento sentimos as coisas de forma diferente e que não é possível definir e entender o que uma mulher é ou sente, mas é lógico, pra quê isso?! O ser humano se engana quando acredita que necessita de uma definição morfológica do que sente, palavras são inúteis às vezes, mulheres entendem de sentimentos e por mais que haja muitos e diversas variações dos mesmos, nós sabemos o que sentimos e se os homens se permitissem largar a praticidade de resolver tudo superficialmente e mergulhassem dentro de si para entenderem o que são e o que sentem, talvez os sexos fossem mais equilibrados e não haveria tantas perguntas para se fazer.

Homemm! Se você está na Terra é porque foi escolhido para ser um ser humano dotado de sentimentos e sensações, que por sinal existem para serem sentidas e vivenciadas. Se é pra doer, que doa, se é pra se entregar, que se entregue, mas se podar diante da vida não é a melhor jogada, eu tive um professor no primeiro semestre da faculdade que sempre falava que segundo Vinicius de Moraes: ‘’A dor é inevitável, o sofrimento é opcional’’ - e é verdade, não fique adiando a dor, não deixe de fazer algo porque corre o risco de se machucar ou de se desestabilizar, viva! E se doer, daí sim você escolhe a forma de lidar com isso, em alguns momentos é preciso sentir dor e ver suas coisas caminhando de forma diferente à que imaginava, isso vai ajudá-lo a evoluir e a entender que a melhor vida não é aquela que aparece na novela das oito, até porque ela não existe, o paraíso não existe aqui, ele está num lugar fora do nosso alcance neste momento, e eu não sei vocês, mas eu não quero chegar lá tão cedo!

O homem com essa tal praticidade transparece o que? Eu ainda arrisco na possibilidade do medo dos sentimentos desconhecidos, e que eles insistem em não mexer. Homens que tem medo de si por não se conhecerem acabam tendo medo do mundo, se eles não se conhecem e não sabem do que são capazes, logo, não sabem do que os outros são e isso gera o medo, a indisposição a se envolver profundamente com a sociedade e cada vez mais, as relações ficam superficiais. E nós, sozinhas! Isso é uma desgraça! Portanto, invista no seu medo, essa pode ser a forma para destruí-lo, não só para o homem, mas para as mulheres também, quem sabe deixemos de ser tão diferentes, não é!? Mas tem outra coisa! Essa eu não ia colocar em pauta, mas fiquei tentada! Existe o outro lado desta moeda; você já parou para pensar nas besteiras que fez até hoje, nas loucuras, nas coisas ditas imorais pela sociedade? Já pensou pelo menos no que sua ou seu melhor amigo fez, caso vc seja um santo quase catequizado, já pensou?! Então... Imagina do que o mundo é capaz? Você olha para aquela pessoa tomando um café na Starbucks educadamente, civilizadamente; de primeiro momento a pessoa até lhe parece intocável lendo um livro sobre liderança, você pensa numa pessoa casada, estabilizada, e no fim aquela pessoa acabou de sair do motel e poderia te dar aulas sobre o Kamasutra de A à Z, já pensou?! E pior, e se por um acaso essa pessoa estivesse acompanhada por mais duas pessoas?! Um casal?! Já pensou!? Pensou!? Não, pára de pensar, senão daqui a pouco terei que classificar como conteúdo para adultos!!!

Você já devaneou bastante, não é? Agora volte ao início da conversa, tudo isso foi para mostrar que muitas pessoas fazem coisas inacreditáveis e secretas, deste modo, quando você faz algo do gênero, você imagina que todo mundo pode praticar as mesmas coisas ou coisas até piores, não é mesmo?! O pior é que isso é real. É um risco iminente! E ai, isso tudo gera o que? A indisposição a se envolver profundamente com a sociedade e cada vez mais, as relações ficam superficiais!!!! E nós, mais uma vez sozinhas!!! E isso é uma desgraça sem fim! Ou seja, se você já fez ou faz coisas não muito memoráveis, não generalize, senão dará vazão ao ciúmes descabido, o pití sem propósito, entre outras coisas, e resumindo, toda desconfiança tem uma origem e nem sempre ela está no outro!!! É! Nem sempre! Não tenham medo, arrisquem!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário!